Ontem precisei ser aquele médico chato – que cobra, que traz estatísticas ruins, que deixa todos com expressões preocupadas… precisei porque as mulheres têm adoecido muito no cenário de múltiplas funções e algo deve ser feito. Falei muito sobre o peso do estresse e de como buscar o equilíbrio.
Tentei deixar meu ponto de vista no qual somente IGUALDADE já não basta. As mulheres, principalmente as mães de crianças pequenas, precisam ser tratadas de maneira adequada; suas necessidades precisam ser atendidas. EQUIDADE deve ser o objeto de luta – é um estágio além, no qual países europeus já se encontram. É para lá que temos que mirar.
A mulher não pode querer se equiparar ao que o homem tem de pior. E é a isso que ela tem sido submetida.
Ontem, ganhei muito mais do que ofereci. Vi mulheres orgulhosas e desejosas de continuar conquistando seus espaços. Parece que o nervosismo e o suor nas mãos antecipavam um momento realmente intenso. Foi o que aconteceu.
Como pai de uma jovenzinha cheia de energia, passo pelo dia 8 de março esperançoso: ela colherá frutos de mulheres, e por que não também homens, que insistentemente têm lutado por seus direitos.
Um grande abraço,
Leandro